"... sustento que um ato de fala é um ato corpóreo, e que a força do performativo nunca é totalmente separada da força corpórea: isso constituindo o quiasma da "ameaça" enquanto ato de fala ao mesmo tempo corpóreo e linguístico [...] em outras palavras, o efeito corpóreo da fala excede as intenções do falador, propondo a questão do ato de fala ele mesmo como uma ligação do corpóreo e forças psíquicas."



(Butler 2000:255)



domingo, 27 de novembro de 2011

A Metrópole, Claro, Escura.


Por entre  o céu e a terra, 
Caroços
Camadas de nuvens escuras
O manto sagrado que envolve o corpo cor da noite
Coroado
Tentáculos da branca alma do poder

Mãos de gesso
Manipulam
Ordenam
E orquestram a fumaça

Disfarçados,
Mascarados,
Com olhos atentos, 
Escondem por debaixo das árvores mortas
as dádivas da lama seca

Dentro de si e suas extremidades
assépticas
É revelado o escárnio
A massa escura que por fim abraça o rosto
Descortinando toda sua mgnetude.

Inaê Moreira

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Um novo tempo..




Hoje consigo entender, através do caminho que optei, a importância de cada uma de nossas ações, e o valor de cada aprendizado.

A CIA OBCENA DE ARTES é para mim hoje, o lançar de sementes voadoras por toda a parte. A união de cinco caminhos, através de um mesmo propósito: engrandecer a alma através da arte de sonhar a arte.

Neste propósito de guerreiro, nos deparamos com conflitos, ideologias, políticas e práticas para dar início aquilo que é propriamente nosso. Acredito que ainda não encontramos este espírito coletivo forte e inabalável, mas o estamos construindo, em nós mesmos.
 
Muitos caminhos foram desviados, decisões tomadas, superações vividas, para que nos encontrássemos hoje, juntos e ansiosos por viver o nosso jardim.

Eu, que estou desde o início da formação desta tribo, reconheço a força que temos hoje, por sermos palhaços, por escolhermos o circo, por termos assumido práticas e disciplinas necessárias, apesar de ainda tímidas para o alcance do que almejamos.

Creio que a maior força da Cia. hoje é este fazer liberto, desprovido de julgamentos, um fazer engajado, na rua, democrático, através do palhaço, verdadeiro, com o objetivo principal de transformar e proporcionar momentos ensolarados na vida da metrópole de ferro e concreto. 

A ObCena é para mim projeto de vida, a médio, longo e infinito prazo.

Cores, sons, alegrias, vamos juntos acreditando mais e mais, avante, guerreiros da natureza, na vida e morte que é sucumbir a selva de pedra, para por fim saltarmos juntos até o infinito. 


Viva!