"... sustento que um ato de fala é um ato corpóreo, e que a força do performativo nunca é totalmente separada da força corpórea: isso constituindo o quiasma da "ameaça" enquanto ato de fala ao mesmo tempo corpóreo e linguístico [...] em outras palavras, o efeito corpóreo da fala excede as intenções do falador, propondo a questão do ato de fala ele mesmo como uma ligação do corpóreo e forças psíquicas."



(Butler 2000:255)



domingo, 27 de novembro de 2011

A Metrópole, Claro, Escura.


Por entre  o céu e a terra, 
Caroços
Camadas de nuvens escuras
O manto sagrado que envolve o corpo cor da noite
Coroado
Tentáculos da branca alma do poder

Mãos de gesso
Manipulam
Ordenam
E orquestram a fumaça

Disfarçados,
Mascarados,
Com olhos atentos, 
Escondem por debaixo das árvores mortas
as dádivas da lama seca

Dentro de si e suas extremidades
assépticas
É revelado o escárnio
A massa escura que por fim abraça o rosto
Descortinando toda sua mgnetude.

Inaê Moreira

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